sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus 2010…



ADÉRITO VELOSO*

É com grande alegria, satisfação e espírito de “excepcional” ganhador, que “expirei” sã e salvo o ano de 2010. Para mim, este ano “desgastado” foi muitíssimo bem passado, uma vez que consegui reunir todos os meus “merecimentos” e profissionalmente singrei!

Foram horas afio sem no entanto perder o norte de boa vida.

Aguardo e desejo que o ano de 2011 seja melhor para todos os “Mwangolês”, em especial para a minha família, amigos (amigas se as tenho…), inimigos, colegas e etc.

Estas famílias (na foto) mostram claramente o quanto nós os AFRICANOS somos especiais...


Lentes da NET*

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Acreditar!


ADÉRITO VELOSO

Sempre acreditei que nos nossos “Kubikos” (casas) este ano, não faltará mimos de Natal…

Mas neste Natal acredito que nas praias lindas do nosso Oceano, nos céus nublados não faltará “carraspana”… e malefícios.

Os sabores aromáticos dos nossos “Pitéus”, que juntamente com alguma coisa que elegi acompanhadas com as bebidas típicas (como por exemplo: o Kaxipembe, ou simplesmente KAXI) serão o suporte e as delicias que vão “satisfazer” a minha lazeira.

A minha aposta nesta fase será sem sombra para nenhuma dúvidas, usufruir com os “nutrimentos” que nos enchem de orgulho; saboreados com a excelência dos melhores VINHOS (kaxi) traduzidos na sua simplicidade. Identidade, elegância são notas de prazeres traduzidos de forma clara…


Ilustrações da NET

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

DIA 9 = DIA DO HUMANISMO


ADÉRITO VELOSO

A data do meu nascimento é na verdade o DIA 9. Foi na “luz” deste dia, quando numa noite ou no alvorecer (já não me recordo!!! Afinal eu já vivia…) quando minha VELHA decidiu me “surgir”, vim do além, com a promessa de um dia “retroceder”. Mas regressar aonde, lá, no “K”!?!
Mas, o que me trás neste meu espaço de reflexão é aquilo que “enxerguei” (entenda-se: li) através de um e-mail, que minha QUERIDA (escapou) colega e amiga enviou-me. Gostei e transcrevo neste espaço:
“O nativo deste dia (9) é normalmente universalista: sente compaixão por todos e quer melhorar o género humano. É amante da verdade, normalmente generoso, independente, liberal, audacioso, corajoso, combativo, e não tem medo da derrota eventual, pois sabe que conseguirá o que deseja. Dificilmente tem paz de espírito e tranquilidade, pois tem facilidade em atrair discórdia e desentendimentos, afastando os amigos e as pessoas que o amam. É um ser muito contraditório, pois sendo humanista e bondoso não deveria ser arrogante e revoltoso, mas o é, e dessa maneira, destrói em minutos o que levou anos a construir. Em virtude da sua autoconfiança, normalmente protela tudo, e às vezes acaba ficando em dificuldades financeiras; mas no final acaba se saindo bem. Não gosta de receber ordens e será mais bem sucedido em assuntos relacionados com a religião, filantropia ou associações beneficentes, nas quais a inspiração, a bondade e a compreensão sejam necessárias. Normalmente não se apega a nada nem a ninguém, sejam bens materiais, amigos, companheiros de jornada ou mesmo a pessoa amada, tendo ao longo da sua vida muitos desapontamentos amorosos e também algumas perdas de amizade. Adora viajar e conhecer novos lugares, novos países, novas pessoas. Qualquer vício lhe é tremendamente nocivo ao organismo, seja o hábito de beber, fumar ou qualquer outro, pois possui um organismo muito sensível e os vícios lhe prejudicam terrivelmente o sistema nervoso e o respiratório”.

Sou humanista e bondoso (É demais!!!)

Prosperidade para Todos e Tudo!


ADÉRITO VELOSO*

Já está quase a ser Natal!!! A maior festa que é comemorada em todo o planeta, nesta época do ano. Poucos dias nos “desconjuntam” do Dia da Família, ou, simplesmente, do Natal, numa altura em que o movimento comercial nos diversos pontos do mundo, principalmente nos centros urbanos, já começa a ser intenso, com particular destaque nos estabelecimentos comerciais grandes ou pequenos e nos mercados informais.

Embora tradicionalmente seja um feriado cristão, é considerado por várias pessoas de diferentes convicções religiosas, como o dia consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e a solidariedade entre a HUMANIDADE.

Nas famílias, os pontos altos da comemoração são a ceia do dia 24 de Dezembro e o almoço do dia 25, quando se reúnem para trocar brindes e “deleitar-se” das comidas que simbolizam a data.

Neste período, é usual as famílias e nos locais de trabalho trocarem presentes, costume que partiu da visita que os reis magos do Médio Oriente fizeram a Jesus Cristo (O REDENTOR), levando consigo ouro, incenso e mirra, também conhecidas de substâncias de inestimável valor.

É comum nas principais cidades do país observar decorações muito bonitas nas suas várias artérias. Em Luanda, capital de Angola, por exemplo, o cenário não é dissemelhante.

Segundo reza a tradição, a primeira árvore de Natal surgiu na Alemanha no século XVI, e foi montada por Martinho Lutero, o fundador do protestantismo. Estas actividades permitem dar aos mais pequenos os brinquedos e aos mais adultos os presentes de Natal.

Neste período do ano, a fé renovadora enche os corações. Em cada Natal, os sonhos são renovados. A esperança está sempre viva, tornando-a em realidade. Que neste Natal de 2010, o amor esteja presente em cada um de nós, e que cada novo dia do ano seja iluminado. Que os sinos do Natal sejam mensageiros de Boas Festas, e que cada casa tenha mantimento suficiente para matar a “DIOBA”...


Lentes da NET*

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Do alto da minha observação!


ADÉRITO VELOSO*
Neste meu (porque é a única coisa que é MINHA de facto – sem SENSURA!!!) pequeno e pobre espaço cibernético, pretendo fazer uma “módica” reflexão sobre um caso, que EU, a considero de insólito…

Num destes belos dias do meu “mês” (o melhor que o ano e o calendário gregoriano poderia ter…) conheci uma “gata” (selvagem) que quase me tirava o fôlego que ALGUÉM me emprestou…

A moça: jovem, formosura, esbelta, linda, olhos acastanhados-azulados, “ires” esbranquiçados, cativantes e cheios de VIDA (já que eu não a tenho) e um sorriso resplandecente, voz sensível mas firme (não tenho mais nada para descrever aquilo que as minhas vistas presenciaram), tanta coisa “benigna” que já não me vem mais nada no meu “NGUIMBU” para descrever aquela “obra” e matéria-prima que “talvez” DEUS “teimosamente” (ÉPA!?!) meteu no meu majestoso caminho (atalho) naquele belo dia…

A mocinha me fazia esquecer as sequelas que a vida me desafiava, por alguns instantes. Fiquei sem “laringe” (garganta) para pronunciar uma única frase (se palavra não saia), o que me motivou para dizer que no mundo existem COISAS com coisas!

Enchi-me de fôlego (bafo) … e fui ter com a pequenina garota (quiçá ouse dizer que tinha por ali os seus 25 NATAIS) que quase me atiraria para outro mundo, ao encontro dos meus audazes!

Era um cair da tarde, quase anoitecer, que se bem me lembro, no período em que a LUA, andava no seu quarto minguante, isso fazia com que as coisas ficassem muito bem jeitosas. Recorri a uma “velha” amiga dela (das fofocas), para pelo menos ter o “terminal” (expressão própria da BANDA!) telefónico da KAMBA, já que eu não tive coragem para lhe pedir (se não havia fôlego na altura, o que esperava)... A garota apreçou-se em me dar o número do telemóvel, e Eu com um ar de vencedor liguei “timidamente” para a menina (charmosa).

Alô? Éh…éh… ah… ah…, comecei a gagueja (senão mesmo a cacarejar!!!) e a moça respondeu dizendo: quem está em linha? Eu fiz a mesma pergunta (fez-me recordar uma anedota, que diz: o angolano responde uma pergunta com pergunta!!! (sou mesmo Mwangolê que fazer?).

Depois de alguma força “extra” fiz um monte de perguntas (obvias) de cada vez que o sinal (péssimo da UNITELY) ofuscava o timbre da esbelta… cada vez que eu perguntava uma coisa da vida pessoal dela, a GARINA nem estava ali, como sois dizer-se…

Tensão no meu coração… não parava de bater (quase que me…) pelo meu espanto, na mesma rua que eu estava, ela vinha com um manga ao encontro da sua “velha” amizade. Logo de seguida, a AMIGONA, apresentou-me dizendo que: Oh! Amiga este moço pediu-me o teu “TELÉLÉ” e quer falar contigo. Por uns instante instalou em mim uma contradição (porque que nasci…). O medo era tanto que quase me enterrava no asfalto (esburacado).

Mas porquê este medo!?! Foi pela primeira vez que a minha vida entrou em contradição consigo mesma.

Depois de uns instantes e fui ter com ela, momentos depois… o meu coração desbaratou, e na minha mente cruzou uma frase, que dizia mais ou menos assim: Pare e deixe que o tempo se encarregue de aliviar e o negócio tomar o rumo certo, na história que estava a viver!!! Despedimo-nos e ela SAPOU (felizmente isto não é a ZAP) …

A tal noite EU não encontrei-me com o “joão-pestana”… e nem mesmo consegui sequer tremeluzir (cintilar no firmamento) como instantaneamente o corpo o faz, quando momentos antes vê (com olhos de ver e coração) fenómenos ultra humanos. Ao amanhecer pus-me a “zagaiar” quando menos esperei vi a “cachopa”. Desta vez e por culpa dela (não dormi) tive um fôlego extra e fui ao encontro dela e conversamos um pouco assim-assim.

Ela com um sorriso no canto dos lábios (esbeltos e carnudos) respondeu com certeza na voz: VAMOS SER SÓ AMIGOS PARA SEMPRE!!!

Foi um autêntico “surruro” no meu íntimo… não me aguentava mais, e nem sequer consegui de dizer algo. Todos os poros do meu objecto (corporal) começaram a escoar o “suor” do bem me quer e mal sai…

Mas, como a vida ensina-nos a amar o “PROXIMO”, eis que naquele instante atirei a primeira pedra na nossa duradoura amizade (se bem que queria mais!?!).

Ao subirmos em cada escada temos obrigatoriamente (se é verdade) calcar o primeiro degrau… A flor faz com que o jardim seja um paraíso!

Naquele momento, a rapariga era sem sombra para o mínimo de incertezas, a “nata” da minha life (das terras de sua majestade VUNONGUE). Naquele momento, não disse: “que os altos e as quedas não faziam parte da minha vida”. Aliás, ela a vida é mesmo assim, e será assim! Até a consumação dos milénios…

Sempre disse: quero ser feliz e fazer alguém bem-aventurado… a felicidade depende de nós próprios. Amnistie; ame; faça amizades (com os bons – claro e os maus), e acima de tudo, goste a sua própria vida!

Devemos remover todos os obstáculos que a vida (teimosamente) nos dá!

Experiências da história…

Ilustrações: da NET*

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Está difícil acertar agulha!


ADÉRITO VELOSO

Está a demorar acertar o fio (linha de agulha) no seu devido sítio…
Não é de estranhar e por vezes alarmar, o que se está a passar um pouco pelo país, a dentro. Existem em alguns sectores, sinais de que, de facto, a nossa “amada”, “odiada”, “chinguilada”, “assolada”, “martirizada” e “maltratada” ANGOLA está a se desenvolver aos solavancos.

Esses “vestígios” são inequívocos, e fazem com que os verdadeiros “Mwangolês” saibam o quanto trilhamos para chegarmos aonde estamos. Mas ainda assim, estamos aqui para dizer que esses esforços ainda são ínfimos e existe muito ainda que “trilhar”.

Em particular estou a escrever estas “guitas” para recordar uma coisa que alias a IGREJA me ensinou: Dê a CÉSAR o que é de CÉSAR!

Nos últimos tempos fui confrontado com um “nervosismo” (íntimo) que ensombrava o meu “status quo” e decapitava os meus míseros “dotes” de ESCRIBA (entenda-se jornalista!!!).

“Na paz, nem tudo é paz”, dizia alguém que com uns tantos conselhos procurava me consolar dos maus momentos que estavam a passar e passear na ainda principiante carreira de ESCRIBA. Não gostei de saber que os escribas neste país são os que mais “MENDIGAM” as migalhas de quem não sei! Mas, ainda assim existem muitos: “PARAQUEDISTAS – do ministério” que vêem labutar na nossa “mísera” profissão servindo de trampolim, para outros “bafos” (ares), sem no entanto terem o mínimo de preparação académica desta área exigente, comovente e esbelta…

Hoje em dia, e sem desprimor a outros ofícios: o sapateiro é Escriba; ladrão é escriba; carpinteiro é escriba; zungueiro é escriba; ficcionista é escriba; humorista é escriba; motorista (condutor) é escriba; psiquiatra é escriba; médico é escriba; pintor é escriba; motoqueiro é escriba; roboteiro é escriba; engraxador é escriba; Kapuqueiro é escriba; porteiro é escriba; militar é escriba, paramilitar é escriba; assaltante é escriba; pescador é escriba; enfim o ladrão é escriba!!!

Um dos meus professores de Comunicação Social (na FLCS - UAN), nas cadeiras curriculares de: Atelier de Jornalismo e de Discurso Mediático, que aliás é um dos poucos quadros (formado na área) que naquela época do:”ÚNICO” se formou na então URSS (Rússia) e que depois de regressar à casa (Angola), foi obrigado a desistir (da carreira e da sua formação de escolha), por estas (acima escritas) e outras razões, e ter decidido chamar estas pessoas (se é que são!!!) e a profissão de: “BORRA-BOTAS!!!”

Estas linhas são para chamar atenção a todos os verdadeiros “ESCRIBAS” que temos de chamar as coisas pelos seus nomes, e não escamotear a verdade-verdadeira!
Estas profissões (acima) são importantes, mas a “NOSSA” por favor deixem-na para os que estão (não são poucos) a se formar nas várias Un(d)iversidades que o país dispõe.

Outra urgência que remete a nossa “famigerada” profissão é o cuidado que temos de ter com a informação, bem como a necessidade dos profissionais (ESCRIBAS) dos meios de comunicação social terem vocação para esse trabalho e de não se dedicarem nem serem obrigados a fazer esse trabalho por não encontrarem outro.

O profissional de comunicação deve ser uma pessoa com vocação e não FICCIONISTA (como são os vários casos da nossa praça!!!). Isto significa que, mais do que ter atitudes e inclinações, precisamos trabalhar com gosto e recta intenção. As atitudes requeridas podem ser naturais ou adquiridas. Mas ser ficcionista não!!!

É (há) tempo de salvarmos, acautelarmos, guardarmos, defendermos, pouparmos, libertarmos, preservarmos e IMUNIZARMOS a nossa MÍSERA profissão, e trilharmos para aquilo a que chamo de: “SUCESSO – SUCESSIVO!!!”.

Regressar no meu umbigo!


ADÉRITO VELOSO
É sempre difícil retornar…
Desta vez consegui “bazar” na banda onde ficou (prescindiram) do meu “estimado” umbigo! Foi na então região de Vunongue, “hodiernamente” Menongue, província dos dois K, que no princípio do mês de Maio, numa bela noite de um desses dias, há quase três décadas vim ao mundo dos “impiedosos”. Emanei e prosperei nas regiões mais recônditas desta terra que se chama Angola, e que viu nascer grandes nomes sonantes da africanidade como são os casos de: Mutuyakevela, Muandume, Ekuikui, Njinga, Katiavala, Ndunduma, Kacitiopololo, Ricardo de Mello, Vunongue e tantos outros anónimos…

Em Vunongue regressei aquando das comemorações dos 35 anos da nossa famigerada “Dipanda” e por cumprimento de uma missão, labutando lada-a-lado com homens e mulheres.

As terras do fim do mundo, como aliás eram apelidadas, hoje estão sendo transformadas “paulatinamente”, em terras da prosperidade e do FUTURO (que alias esperamos que seja risonho). Vunongue é uma região praticamente virgem. A longínqua localidade chegou a categoria de distrito (hoje província) no “anacrónico” (século passado) ano de 1961, quando o então colono “TUGA” decidiu enviar para aquela “metrópole”, o primeiro comboio, a partir da então cidade de Moçamedes, actual Namibe.

Fertilidade dos solos oferecem condições para se arar e o clima é apropriado para uma bola lavoura, são alguns dos atributos que a região “afeiçoa”. Adicionando aos campos de cultivo que estão sendo preparados (embora timidamente), para o fomento da actividade agrícola, o que facultará, o restabelecimento do “tecido” produtivo da região.

A pacata vila (cidade), Vunongue está a se erguer aos poucos, muito por culpa dos míseros (ínfimos) investimentos que estão sendo feitos e canalizados pelas entidades privadas e não só, numa altura em que, a localidade é bastante rica. Basta recordar que a cidade capital de Menongue, é dividida (atravessada) pelo rio Kuebe. Estas características fazem de Vunongue uma autêntica raridade. Não existe no país uma cidade capital de província, que um esbelto rio a atravesse!

Regressar é sempre gratificante, quanto mas não seja a terra que nos viu nascer, ou seja, nos pós ver o sol e a lua; quanto mais não seja, o alvorecer e o pôr-do-sol. Perguntem os “Mwangolês” que vivem no exterior do país, quando os rostos são rasgados pelos ventos da saudade (no kimbu kuya… ya!!!!). Gostei de retornar, quanto mais não fosse para trabalha e com alguma responsabilidade em cima da “robustez”!

Como se não bastasse, pisei pela primeira vez (é assim a dialéctica da vida), num lugar invulgar e extraordinário. No local onde foi sepultado o primeiro Rei da região, cujo nome dele é: Vunongue, que dá o epíteto actual: Menongue, (nome aportuguesado). Conheci também a fortaleza da cidade, onde os mais bravos e valorosos “habitantes” defenderam com: pedra, catanas, machados, picaretas, zagaias e em última instancias as famosas “carabinas” as terras de Vunongue, contra os mortíferos bombardeamentos dos TUGAS.

A província em si carece de muitíssimos incentivos. Falta de tudo um pouco, apesar dos esforços que estão sendo feitos para de uma vez por todas, se tira a velha e “nociva” imagem de “terras do fim do mundo”.

Na região será erguido um gigantesco e impressionante projecto turístico, denominado: OKAVANGO, que tem como protagonista, para além da anfitriã, Angola, também estão empenhados países como: Zâmbia, Namíbia, Botwana e Zimbabwe. O país vai disponibilizar para este “gigantesco” projecto, qualquer coisa como 18 milhões de dólares… boa massa!!!

Acredita-se que esse projecto irá relançar a economia e promover a estabilidade da região, que é banhada pelos rios Kuando e Kubango, que aliás dão o apelido à província do Kuando-Kubango. Aos “barões” de comércio (negócio) e do kumbo e os que determinam (CHEFES), aqui vai o meu “modesto” pedido: invistam na província dos dois K. Aquelas terras, o facto de ser a última que os “Tugas” descobriram, os seus solos estão “quase” inexplorados e virgens, fazendo do turismo o cartão-de-visita da minha “banda”.

Estas condições eco-turisticas representadas na sua rica fauna e flora, onde por exemplo na região do Luiana, (uma das localidades do Rivungo, no KK) circulam mais de 1500 mil elefantes… É obra!!! Isto só para citar esta espécie gigante de mamíferos.

Em termos de dimensão geográfica, a terra dos dois K, é a segunda maior província do Estado Angolano, depois da província do Moxico. O KK ocupa uma superfície total de 199.335 quilómetros quadrados, conta com nove municípios, sendo: Rivungo, Nankova, Diriko, Kuangar, Kalai, “Mavinga”, Kuchi, Kuito Kuanavale e Vunongue (Menongue) com uma população estimada de 714.826 habitantes. Estes números fizeram com que os especialistas chegassem a conclusão de que Portugal (antiga potência colonizadora) entrasse no KK: 14 vezes!!!

É mais uma obra da nossa ESSÊNCIA...

Lente de: Kota “50”

sábado, 16 de outubro de 2010

Turismo dá muita massa para Angola


O sector arrecadou 504,7 milhões de dólares americanos e proporcionou o emprego a mais de 134 mil pessoas

ADÉRITO VELOSO*
A balança turística em 2009 apresentou um saldo de 401,56 milhões de dólares norte-americanos, correspondendo a um acréscimo, em termos absolutos, na ordem de 370,73 milhões de dólares comparativamente ao ano de 2008. Estes dados constam do boletim estatístico do mercado hoteleiro e turístico de Angola, produzido pelo Ministério da Hoteleira e Turismo (Minhotur), referente ao ano de 2009.
O documento que recorre a dados disponibilizados pelo Banco Nacional de Angola (BNA) relativos à balança turística do ano em análise, revela que se verificou receitas que atingiram os 534,07 milhões de dólares, correspondendo a um acréscimo de 87 por cento em relação a 2008. No mesmo período, as despesas atribuídas ao turismo cifraram-se nos 132,51 milhões representando uma variação negativa de 48 por cento em relação ao período homólogo.

Volume de negócios
Em 2009, o volume de negócios atingiu o montante de 45,5 mil milhões de Kwanzas (504,7 milhões de dólares), tendo crescido 57 por cento, o que corresponde a 10,9 mil milhões de Kwanzas (121,6 milhões de dólares) em comparação ao ano de 2008, onde o movimento turístico verificado proporcionou um total de receitas de 34.472.761.730 Kwanzas (459.636.822,2 dólares).
Por tipo de unidades ou estabelecimentos, verificou-se um crescimento nos restaurantes e similares com 32,7 por cento. As unidades hoteleiras, de acordo com o documento, posicionaram-se em segundo lugar com 29,6 por cento. Em termos de repartição do volume de negócios por província, o documento do Ministério da Hotelaria e Turismo indica que a província de Luanda posicionou-se em primeiro lugar com 70,1 por cento do total das receitas, seguindo-se às províncias de Cabinda com 22, 9 e Benguela com 3,1 por cento.

Turistas
O boletim estatístico do Minhotur indica que Angola recebeu durante o ano de 2009 um total de 365, 784 turistas, o que se traduz num aumento de 55 por cento (71.526 turistas) em relação a 2008, onde se registou a entrada de 294,258 turistas. O Boletim Estatístico do Minhotur, divulgado recentemente em Luanda, indica que as chegadas por regiões mostram que a Europa registou o maior crescimento em termos de chegadas com 161.169 turista perfazendo 44,1 por cento, seguida pela América com 76.321 pessoas correspondendo a 20,9 por cento, Ásia com 75.920 hospedes cifrando nos 20,8 e África com 48.127 turistas o que vale a 13,2 por cento. Do Médio Oriente chegaram 2.823 turistas enquanto da Austrália vieram 1.415 hóspedes.
De acordo com o boletim do Minhotur a evolução do turismo receptor no biénio 2008 a 2009, atingiu um crescimento médio de 37,5 por cento. A Ásia registou um crescimento médio de 61 por cento, o Médio Oriente 49, América com 42 e a Europa com 34 por cento. No biénio em análise, segundo o documento, o fluxo de chegadas de turistas atingiu a cifra de 660.042, sendo 44,6 por cento em 2008 e 55,4 por cento em 2009.
No movimento turístico proveniente dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), destaca-se a Republica de São Tomé e Príncipe com 47,4 do total de proveniência. A nível da Comunidade de Desenvolvimento dos Países de África Austral, a Republica Sul-africana representa 82,6 por cento do total das chegadas, enquanto que a proveniência dos turistas a nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Portugal representa 62,1 por cento do total. Já o movimento turístico proveniente da África Central, São Tomé se destaca em primeiro lugar com 47,3 por cento. No fluxo de turistas por regiões provenientes do continente americano, a Republica Federativa do Brasil ocupa o primeiro lugar das proveniências com 61,4 por cento, seguido dos Estados Unidos de América com 19,8 por cento. Do continente asiático a China destaca-se com 68,3 por cento do total de proveniências seguidas Republicas das Filipinas e Índia com 8 e 12,5 por cento respectivamente.
O boletim do Minhotur destaca que os principais motivos que originaram a vinda de turistas no ano de 2009 foram ferias ou visita a familiares 42 e serviço 37 por cento. Do total de turistas que efectuaram viagens para Angola, verificou-se uma maior proporção da população do sexo masculino representando uma cifra de 86 por cento.

Oferta
O sector da hotelaria e turismo é dominado fundamentalmente por agentes privados. A oferta turística nas unidades hoteleiras e similares, atingiu a cifra de 302.142 quartos disponíveis dos quais, 47 por cento nos hotéis e 53 por cento nas pensões e outros estabelecimentos de alojamentos. Estiveram em funcionamento 3.127 estabelecimentos hoteleiros e similares, representando um aumento de 55 por cento, numa altura em que em 2008 o número total foi de 2.541 estabelecimentos.

Em 2009 a província de Luanda representou 36 por cento do total dos estabelecimentos, seguida da província da Huíla com 19 e Benguela com 10 por cento. Em termos de categorias dos hotéis o documento do Minhotur frisa que o país conta com um hotel de cinco estrelas, nove hotéis de quatro estrelas, 26 de três estrelas, 30 de duas e 21 hotéis de uma estrela. Em termos de camas disponíveis, segundo o boletim do Minhotur, houve a disponibilidade de 401.072 camas. A taxa media de ocupação de quartos nos hotéis e estabelecimentos similares foi de 84 por cento representando um aumento de 6 por cento em comparação a 2008 (75 por cento). A ocupação de camas nos hotéis e outros estabelecimentos (pensões, motéis e hospedarias) a media se situou em 76 por cento.

Ocupação
O documento do Minhotur sublinha que as unidades hoteleiras e meios complementares de alojamentos do país alojaram 786.749 turistas correspondendo a uma variação positiva de 72 por cento em comparação com o ano de 2008, onde se registou um total de 309.091 hóspedes. Segundo o documento, para este aumento contribuíram principalmente os estrangeiros não residentes, com 58 por cento do total de turistas. O Minhotur salienta que as dormidas observadas no mesmo período, atingiram a cifra de 2.986.012 dormidas, mais de 85 por cento em comparação ao ano de 2008.
O boletim destaca que a permanência media dos hóspedes nas unidades hoteleiras e similares, situou-se em quatro noites. Os estrangeiros não residentes destacaram-se com 4,18 noites enquanto que os angolanos residentes representaram 3,27 noites.

Emprego
Segundo o Minhotur em 2009 o emprego no sector hoteleiro e turístico do país atingiu a cifra de 134, 6 mil empregos. Neste ano houve uma variação positiva de 57 por cento em comparação a 2008 (103.487 trabalhadores). Os restaurantes e similares registaram 40,3 por cento seguido das pensões e outros estabelecimentos com 29,2 por cento. O documento ressalta que o valor total das despesas com salários suportado no sector privado no ano de 2009 atingiu o montante de 9,3 mil milhões de Kwanzas (104.319.566,8 dólares), numa altura em que em 2008 o fundo salarial foi calculado em mais de três mil milhões de Kwanzas. Em termos de crescimento no emprego no biénio 2008 a 2009, o documento atesta que houve um aumento médio na ordem dos 37 por cento. A província de Luanda representa a maior proporção com 77,5 por cento do total de emprego do país, seguida da província da Huíla com 6,3 por cento.


* foto (myafrica.allafrica.com)da NET

sábado, 8 de maio de 2010

Grupo Bartolomeu Dias investe USD 135 milhões em vários projectos


Crise económica e financeira global contribuiu negativamente nos rendimentos das 14 empresas que compõe o aglomerado empresarial, mas ainda assim para este ano estão previstos a construção de vários empreendimentos
ADÉRITO VELOSO*
Os sinais da retoma das economias nacionais têm motivado os empresários a apostarem em vários investimentos para colmatarem os efeitos que a crise económica e financeira global causou às empresas. Um exemplo disso está patente nos USD 135 milhões de investimentos globais que o grupo Bartolomeu Dias pretende levar a cabo nos vários segmentos económicos onde opera, com destaque para os sectores do imobiliário e da indústria. O seu presidente (com o mesmo nome e na FOTO) anunciou que estes investimentos têm como principal foco o incremento de novos empregos, bem como contribuir no Produto Interno Bruto (PIB). O grupo Bartolomeu Dias é uma holding de capital e direito angolano fundado em 1990 e é composto por 14 empresas ligadas a vários sectores, nomeadamente: aviação civil, indústria alimentar, construção civil, hotelaria, imobiliário, informática, transporte rodoviário, agência de viagens, segurança privada e trading.

Indústria
Neste sector, o grupo investiu USD 47 milhões para a construção de uma fábrica na província costeira de Benguela de produção de óleo alimentar, com a capacidade de 300 toneladas por dia. O arranque das obras está para breve. O terreno onde será erguido o novo empreendimento fabril já foi concedido pelo Governo provincial. Para o próximo mês, o grupo vai construir de raiz duas fábricas na província de Luanda, uma para produzir sacos de ráfia e que está estimada em USD sete milhões e a outra será concebida para o fabrico de lâmpadas de baixo custo, cujo o valor está orçado em USD 10 milhões.

Sector imobiliário
Para este ano, o grupo vai erguer quatro edifícios na província de Luanda. As obras estarão a cargo da construtora Angoinform, sob a supervisão da imobiliária Sul do Kwanza (ambas do mesmo grupo). Dos edifícios, destaca-se o Business Park, a ser construído na zona do Talatona, em Luanda, e que comportará três edifícios, orçados num investimento geral de USD 40 milhões. Num deles funcionarão as estruturas centrais do grupo Bartolomeu Dias. O outro edifício, orçado em USD 24 milhões e denominado Residence será erguido no cruzamento entre a Avenida Hoji Ya Henda e a rua Saturnino de Sousa Oliveira (Avenida Brazil), no centro da cidade de Luanda, e que comportará 12 pisos e três caves. O mesmo comportará apartamentos de tipologia T1 a T4 que servirão para habitação colectiva e serviços.

Hotelaria
Com um investimento de USD sete milhões, o grupo Bartolomeu Dias está a restaurar uma unidade hoteleira na cidade de Menongue (capital do Kuando Kubango), que terá a categoria de 4 estrelas e será denominada Pérola do Sul.

“Vamos inaugurar brevemente o hotel Pérola do Sul que será a principal unidade hoteleira da cidade de Menongue (Kuanda-Kubango). Queremos elevar este hotel para a categoria de 4 estrelas, apesar de não ser grande, já que o mesmo só comportará 84 quartos, estamos a restaurar uma parte e outra estamos a erguer de raiz. Desta forma, pensamos que serviremos melhor os turistas e as pessoas que se deslocarem à cidade de Menongue”, destacou o empresário.

Crise
Para o empresário angolano, o facto de o país se ter ressentido dos efeitos da crise económica e financeira global também contribuiu negativamente nos rendimentos das empresas que compõe o grupo. Ainda assim, Bartolomeu Dias reconhece existir no país vários sectores que dão garantias para uma recuperação rápida.

“Nos últimos dois anos, a situação não foi das melhores, principalmente o ano de 2009 que não foi bom para o país bem como para as empresas. Alguns investimentos tiveram que ser cortados de forma radical porque, primeiro, o mercado em si está em recessão ou estagnação total; segundo, se o mercado não está a reagir bem, não há ainda muito interesse para o investimento. Por exemplo, no sector imobiliário, onde vendíamos uma casa numa semana, actualmente não se consegue vender neste espaço de tempo. Temos de fazer um esforço adicional para podermos manter as empresas e os empregos”, sublinhou o líder do grupo.

Um outro aspecto que apoquenta o PCA do grupo Bartolomeu Dias se prende com a constante oscilação da moeda, o que também tem provocado a escassez de liquidez no mercado nacional. “Estes factores vieram fazer com que as empresas, os empresários e os investimentos tivessem abrandado. Isto tem alguma consequência, porque o país estava a crescer bem e hoje estaríamos em bons níveis. Temos de arregaçar as mangas e, com inteligência, podermos contornar a situação actual que vivemos internamente, com inteligência para continuarmos a ter o crescimento que antes da crise Angola estava a registar”, augurou o empresário.

Perspectivas
Para este ano, o grupo Bartolomeu Dias pretende ampliar os seus serviços. O empresário é de opinião de que o Estado continue a investir para que as empresas tenham muitas oportunidades.

“O Estado é que projecta os grandes investimentos, e as empresas, por sua vez, vão ter um impacto positivo e daí com estes investimentos e outras alternativas poderemos incrementar as nossas acções para contribuir no Produto Interno Bruto”, frisou o responsável máximo do grupo angolano. O líder do grupo indicou que os activos da firma estão estimados em USD 350 milhões. A holding é composta pelas empresas: Angoinform Informática, Divisão de Segurança, Construtora, City Deliver Service, Deliver Cleaning, Diexim Transportes Rodoviários, Diexim Expresso, Elizabeth Service, Internacional Travel, Imobiliária Sul do Kuanza, Inter-Cidades, Indústria Nori, North Investment, Royal Ject e a Win Speed. O grupo conta com mais de 3.000 trabalhadores, dos quais 7% são expatriados.

Objectivos
Constam dos objectivos estratégicos do grupo angolano para o período 2007/2010 a rentabilidade dos capitais próprios a 22% em 2010; crescimento médio anual dos resultados líquidos de 30% entre 2007 e 2010, quota de mercado média de 22% em 2010, cost to income (relação entre custos operativos e proveitos) inferior a 45% em 2010, bem como Core Tier I mínimo de 6% entre 2007/2010.

Fabricas de óleo alimentar e sabonete
A indústria Nori (Nova Rede Industrial Lda), empresa ligada ao grupo Bartolomeu Dias, tem uma facturação mensal de USD 1,6 milhão resultante da venda do sabonete de marca Ana e o óleo alimentar Senhorita. Segundo disse ao JE o director executivo da Nori, David Neto, o parque industrial da Nori já é uma referência obrigatória a nível nacional.

“Os produtos Nori são comercializados no mercados interno, com qualidade reconhecida, graças à observância de rigorosos padrões de controlo e de produção. Os nossos produtos, nomeadamente o sabonete Ana e o óleo Senhorita são testados pelo laboratório interno bem como com o do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas”, destacou o gestor.

O óleo Senhorita é 100% vegetal, sem colesterol e é abrangente a toda culinária. Quanto ao sabonete Ana, a sua fórmula com sabão enriquecido com vitaminas naturais contém uma combinação de agentes de limpeza e hidratantes. Presente no mercado há três anos, o parque industrial da Nori, com uma área total de 40 mil metros quadrados, está localizado no Morro Bento, município da Samba, em Luanda, conta com 143 trabalhadores, dos quais 3% são expatriados, nas especialidades de engenharia química, produção e manutenção. Homens e mulheres trabalham diariamente na produção de 120 toneladas, perfazendo 12 mil caixas de óleo alimentar.
Matéria-prima
O óleo bruto, que é o principal suporte dos produtos fabricados na indústria, é importado da Índia, Malásia, Brasil, Argentina e Africa do Sul (aromas). Para além do óleo alimentar e o sabonete Ana, o parque da Nori está a ser equipado para produzir o óleo de girassol e de palma. Brevemente será lançado no mercado nacional o Sabão Ouro, bem como a nova marca do sabonete Ana Hotel de 20 e 40 gramas, que será produzido especialmente para hotéis e serviços de bordo. Os trabalhos de instalação das máquinas estão a 75%, faltando apenas alguns retoques para o arranque da empreitada.

Publicado também no Jornal de Economia & Finanças (EP)
Fotos: Vigas da Purificação