quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Conheci a Terra que viu nascer a minha VELHA



Adérito Veloso


Recentemente fui à província que viu nascer a minha querida MÃE. Foi bom ter conhecido o Luena, capital da província do Moxico.
O Luena é uma cidade pacata e tímida. As ruas estão toda elas bem sinalizadas (vertical e horizontalmente), diga-se de passagem. Todas as pessoas com quem passeie (espaireci) formam unânimes em afirmar: “Epa! esta terra é muito fixe… estas Gajas (moças) são boas!!!!”, dizia um Velho Kamba, disbundeiro.
O Leuna tem de tudo um pouco. Mas, o que mais me impressionou foi o grande número de Kupapatas (moto-taxis) que de forma célere, ajudam directa ou indirectamente na deslocação dos passageiros de um para o outro lado. Eu também e com muito medo (sou medroso desde puto) andei com alguns Kupa.
Hospedei-me no Hotel Luena…este hotel de nome não tem nada… é uma autêntica pocilga (que me desculpem os donos). O mais agravante é que o Boss do Hotel está em Luanda a gastar o dinheiro (quem os trabalhadores fazem) como manda a lei, nas casas de jogos, os famosos Kasinos, enquanto que os funcionários estão há já 13 meses sem verem a cor do Kumbu, vendo lorotas. É mau né!… mas é assim no meu país!
A fiscalização não funciona. Quem tem dinheiro manda e desmanda, nesta martirizada pátria da Rainha Nakatolo!


Foto: Vigas da Purificação

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Viagem a Cabinda pela primeira vez


ADÉRITO VELOSO
(na foto, tirada junto do estadio do Chiazi que alberga o CAN )
Apesar da viagem para à província de Cabinda, não ter sido “arquitectada” por mim, graças a uma “Pauta-convite” (termo jornalistico que indica uma actividade-cobertura jornalistica) que a Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA) endereçou ao jornal onde labuto, a oportunidade foi aproveitada ao maximo. Não são todos os dias que temos diante de nós, uma suberba oportunidade de viajar de graça, e a convite de uma tal empresa de Seguros!
Alias, Eu não tenho nenhum seguro... talvez devido ao “koxito” salario que aufero. Mas, ainda assim deu para desfrutar as terras do Colega: Sibi – Mango – Mango. Foi bom conhecer Cabinda, Chazi (local onde está a ser erquido o campo que albergará o grupo B que vai desputar o CAN-Angola 2010), Cacongo e o posto fronteiriço do Massabi.
Foi a minha primeira vez, aliás existe sempre a primeira vez na vida de cada um de nós... Conheci um posto fronteiriço. Desta foi com o Congo-Brazaville. Tinha em mim, o medo de ainda encontrar em Massabi, as peripecias e vestígios por que passaram os “irmãos” espulsos dos dois Congos. Não foi desta... graças a Deus – todo-poderoso. Ainda assim e como um bom “J”, tive o bichinho de ultrapassar a zona neutra e passar para o outro lado do Congo. Tive de princípio, alguns calafrios mas graças a Jesus, nada me aconteceu. Tive também a malandrice de perguntar os nosso “ini(a)migos” congoleses de como afinal andavam as coisas por aquelas bandas...
Todos forma unanimes em me responder que não havia macas e tudo não passava do passado - (grande a lata – esta repetição-passa bem!!!). Sei que em Luanda (capital dos especiais) diz-se em boca pequena, que haverá depois do CAN que a nossa querida Pátria vai albergar a partir de 10 de Janeiro proximo, uma verdadeira caça as bruxas ou retalhação como queira, aos maus tratos que os “Irmãos angolanos” que viviam nos dois Congos, há já 50 e tal anos, passaram nos últimos meses.
Será que a retalhação é boa! “Xé menino não fale política”...
Bom! Gostei da viagem à provincia de Cabinda. Na sede provincial vive-se numa acalmia tal... quem me dera que Luanda também fosse assim! É mesmo só um sonho... Os parcos (3) dias que vive no Hotel Pôr-do-sol, um dos empreendimentos hoteleiros escolhidos pelas autoridades provincias para acolher os turistas que virão para o CAN. Senti inumeras saudades dos Engarrafamentos (Aeroporto-Rocha-rodunda do Gamek ou ainda Mutamba-hospital Josina Machel-ZambaII-antigo controlo e...), mas graças a Deus, a minha viagem toda ela paga pela “E”, deu para desfruta-la, apesar de não ter nenhum seguro pago!